Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler. 

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ao regressar do continente mãe

Depois de 10 dias no continente mãe, a mama África - aquela, mãe solteira, que trabalhava como empacotadeira nas casas Bahia , que fracassou no RS - voltamos ao trabalho. Tínhamos planos inclusive para enviar uma corneteada ancestral,profunda e liberadora direto  da terra que inspirou este blógui. Mas não foi possível. No hotel, nos roubaram e a equipe editorial ficou sem computador. Na África, o que menos corre, voa.

Algumas breves impressões sobre a cidade mítica dos Bafana Bafana, que tocam a gloriosa vuvuzela, assim se chama a corneta aquela, aguarde e confie, pois ela vai aterrorizar na Copa do Mundo. Em primeiro lugar, não parece África. Eu estive em diferentes lugares do continente mãe, e realmente a estrutura da cidade impressiona. Outra coisa que impressiona é que os mendigos são todos brancos...

A comida é boa, os serviços nos hotéis são bons. Diga-se de passagem que fomos roubados em Maputo, que nome, no Moçambique. O problema é que não é possível caminhar pela rua. Quando você vai sair do hotel, cercado por altas grades, o segurança, armado até os dentes, olha para ti assim, desconfiado, e pergunta se tu tens mesmo certeza de vais sair... A gente pensa que a violência no Brasil é um problema, mas ali, é muito mais. Pergunto-me como vão controlar a situação durante a Copa.

Aliás, o ambiente que encontrei não indica que logo começará ali a maior festa do futebol, bom, a segunda, depois da avalanche. Não há clima de festa, exceto nos comerciais de cerveja e na recepção do hotel. Não existe nada nas ruas, que só podem ver-se de dia, depois que cai o sol o que tu vês da janela do hotel é um deserto, assim como no meio-campo do time do Fossati.

Os sul-africanos com quem falei estão indignados, pois não podem pagar os preços absurdos dos ingressos.  Acham que o governo do Zuma, mais questionado que o Silas, não soube mobilizar o povo e não tomou as medidas necessárias. Eles reclamam que não há bandeiras, faixas, enfim, nada que indique que ali é uma cidade sede do mundial. Ou havia, e alguém levou. Aliás, eles acham que quem leva a Copa são os espanhóis, aqueles mesmos que tomaram uma chapuletada dos americanos na Copa das Confederações.Uma gente que contrata o Parreira, depois o Joel, e depois o Parreira, não sabe o que diz. 

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