Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler. 

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ObaMao na China


Nessa semana, o camarada Obama, um pouco aliviado após a aprovação da polêmica reforma do sistema de saúde, partiu em turnê pela Ásia, para visitar o Japão, Coréia do Sul, Singapura, e claro, o grande dragão vermelho, a China. Essas são algumas das mais importantes economias, se é que ainda existe algum valor nesse tipo de análise, no tabuleiro complexo no qual joga-se hoje o jogo das relações internacionais no mundo quase pós crise. Aliás, ninguém está da acordo sobre se a crise já passou, se vai passar, ou se o pior ainda está por vir. Aliás, as previsões econômicas logo serão publicadas nos jornais, ali, logo abaixo do horóscopo. A credibilidade, é a mesma.

Interessante como as coisa mudam não? Pensar que os Chineses hoje são, não existe outra palavra, os donos dos EUA, devido aos milhões de dólares que possuem em títulos da dívida americana, e que se eles decidirem de fato cobrar, dizem os especialistas, provocará o apocalipse econômico gringo, e com ele, o possível fim do mundo, bom, o fim econômico, pois o climático já vai bem avançado.

Então, lá foi ele, Obama, bom rapaz, gente fina, dar uma massagem nos chineses e dizer que “tudo bem, beleza pura”, que a China e os EUA são parceiros e tal. A verdade é que o mundo só pode beneficiar-se de uma boa relação entre os dois. O que causa uma sensação de desconforto é que apesar do progresso econômico chinês, e não digo tecnológico, pois muita da tecnologia dos aparatos made in china que compramos não é de fato chinesa, não houve progresso no que se refere ao respeito das liberdades fundamentais dos chineses, que logo serão a segunda economia do mundo, mas que não podem beneficiar-se totalmente dessa situação e que não podem nem sequer utilizar internet livremente. Oba Obama tratou o tema em um forum com estudantes chineses, todos eles selecionados pelo partido Comunista para fazer perguntas, todas pré-fabricadas ( consta que todos devidamente advertidos sobre consequências de algum eventual deslize). Numa delas, falou-se sobre censura na internet, tema espinhoso no país.

São nessas horas que eu penso que o Brasil realmente é um país especial e que se chegamos onde chegamos hoje, aos trancos e barrancos, apesar da corrupção e das dificuldades estruturais mais que conhecidas, pelo menos temos a oportunidade de dizer o que pensamos e tocar a corneta na direção que mais nos agrade. Os chineses podem ser uma grande potência, mas enquanto a corneta for interditada, enquanto os corneteiros de plantão forem presos, torturados e assassinados, de nada adianta o crescimento econômico, que nao se sustenta sem democracia.

Um detalhe: as camisetas do ObaMao, como na foto acima, foram rapidamente retiradas do mercado. Lá, fabrica-se e vende-se de quase tudo. Se o partido autoriza, claro.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O próximo grande desafio brasileiro


Impressionante. O Brasil pode agora, com toda a tonitruância pertinente ao caso, dizer que entra para a história do mundo do esporte como o primeiro país latino pobre-mas-metido-a-rico a organizar uma olimpíada. “Du jamais vu”, dizia o Chatozy para a Carla Bruni, no chiquérrimo Elyseé. Zapatero, e a espanholada toda, ainda não acreditam que saíram perdedores e que Madrid, uma vez mais, via frustrada sua tentativa de sediar uma olimpíada. Zapa, muito fino e elegante, dizia aos repórteres que “enhorabuena Rio”, enquanto o amargo Rajoy, o gagá da oposição, declarava “malnascidos todos” e que “ la madre que los parió en la Rociña”.

Triste, que falta de categoria. Aliás, vocês se deram conta que a campanha Madrileña enfatizou o tempo todo que a cidade poderia oferecer a segurança que o Rio não podia? E que o símbolo era uma mão aberta, com cinco dedos, dizendo, olha só, o Lula só tem quatro...Pero bueno. Ôba ôba Obama e a mulata globeleza, digo, a Michelle, ainda não entenderam como um baixinho barbudo e sem classe roubou a cena. Em matéria de roubar, camaradas, nós temos muito nourrau.


Pois então, a cousa está decidida e o Brasil vai sediar, com um intervalo de dois anos, os maiores eventos do esporte mundial: a copa do mundo e os jogos olímpicos. Quem diria... Estamos crescendo, melhorando nossa imagem, consolidando nosso papel de potência latina. Um país que é capaz de sediar eventos de tal magnitude, está a amadurecer. Os mais ufanistas, os que acreditavam que o papa – o papa bom, não o nazista esse de agora - era brasileiro, bueno, gaúcho, acreditam que o Brasil pode tudo e as apostas já começam, ilegalmente, a serem feitas, sobre qual será o próximo desafio impossível que o florão da América vai tirar de letra. O Lula já deu dica, falando obre olimpíada de inverno.

Eu acho que podíamos começar com algo bem mais simples, tipo mandar político corrupto para cadeia. Aqui ó, se a Costa Rica condenou essa semana um ex-presidente a cumprir cinco anos en la cárcel, e se Taiwan, aquele país de onde vem as coisas que a China não deu conta de produzir, mandou um ex-presidente corrupto ao xilindró para o resto da sua vida, isso mesmo, cadeia perpétua, por que a gente não pode fazer o mesmo?

Aliás, eu acho que eu trocava a copa e os jogos olímpicos pelo simples prazer de ver , por exemplo, nada pessoal, longe disso, é só um exemplo de ficção, o Sarna, em cana. Já pensou a glória? Depois de tantos anos, tanto escândalo, depois de rir da nossa cara, ele e a sua gangue, pelo menos um, unzinho só, ver o sol nascer quadrado. Aí, eu acreditaria. Olimpíada nada. eu quero é o fim da corrupção. E para você, corneteira, corneteiro fiel, qual é o próximo desafio que o Brasil deve enfrentar ?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Obama, o ovo de urubu e o colibri

Muitos somos os que nos rejubilamos com a eleição do Obama, com o momento histórico, tantas vezes visto na ficção roliudiana, e que finalmente acontecia: um negro mandando na casa branca. Aliás, muitos acham que, assim como a chegada do homem na lua, a eleição do Obama é balela, e ele é um cara branco, maquiado pelos grandes gênios dos efeitos especiais. Alguns dizem mesmo que ele é o Jeb Bush, irmão do George, que era considerado candidato e tal, e que simplesmente desapareceu. Exato. Alguém sabe onde está o Jeb? Mas esse pousti não vai tratar esse tema, pois conspirações estão fora do escopo da Corneta de hoje. De hoje, quer dizer, fica aí uma fresta.

Mas, como eu dizia, ao ver o dia em que o primeiro negro, que alguns acham não é tão negro assim, mas fica pra outro debate, foi eleito presidente dos EUA, para muitos, foi não somente um dia histórico mas também um dia de reconciliação com os americanos. Depois de anos de Bush e todas as suas , eh, decisões equivocadas e paspalhices, parecia que afinal os americanos não eram tão ruins assim, puxa, os caras elegeram um negro, quase desconhecido, como presidente, quando todos davam como certa a eleição da Clinton, a Kirchner que não conseguiu ser. 

Um sentimento de alívio, então, tomou o mundo quando o Bush deixou a casa branca, com sorriso amarelo, e foi recolher-se no seu rancho texano. Havia esperança afinal, e os americanos são, dizíamos, gente boa. Mas aí, veio a reforma do sistema de saúde. 

A cousa é assim: nos EUA, terra dos bravos, lar dos livres, segundo o hino, a saúde pública não existe e são milhares de pessoas as que não tem acesso a nenhum serviço de saúde. Então, ôba ôba Obama começa a trabalhar para dar aos americanos pobres acesso a um direito humano essencial. Coisa fácil, barbadinha, pois quem vai dizer algo contra?

E então, os americanos despertaram do seu transe, do seu momento gente-boa e tomaram as ruas pra dizer: não, nós não queremos serviço de saúde gratuita, que isso é coisa de comunista. Pode? Pous é... E o debate torna-se cada vez mais agressivo, e a galera nas ruas protesta com rifle pendurado a tira-colo, pois lá, pode, país desenvolvido. Incrível, mas os caras estão nas ruas, basicamente dizendo que não, que isso de saúde pública não dá, os que podem pagar privado, legal, os que não, que morram de dor de dente. 

Uma gente que grita como louca por que quer continuar pagando, por que não quer um serviço gratuito. Não adianta: de ovo de urubu, não nasce colibri. 

terça-feira, 28 de julho de 2009

Momento MM: ajude a Martinha


Atenção, começaremos hoje neste espaço uma campanha que vai mobilizar as massas do meu Brasil varonil, Brasil pra mim: ajudem a Martha Medeiros, pois com H é mais chique, consta. Martha Medeiros, Marthinha para os seguidores, ou seguidoras, necessita nossa ajuda. Cada vez que leio seu blog badaladíssimo na Zero, me convenço ainda mais de que há que fazer algo para ajudar a MM, pop-star da pseudo literatura estilo sex-and-the-city. 

Mas ajudá-la como? Perguntarão as leitoras e os leitores assíduos de Martinha, pois ela é linda, inteligente, independente, inovadora, e muitos outro adjetivos mais que eu, se fosse pop-star e literato, saberia, mas como sou amador, corneteiro de plantão, tenho de resignar-me e voltar pra casinha, deixando a frase, displicentemente, pelo meio, inacabada. 

Pous bem, darei um exemplo. Um belo dia desses, MM dizia que “não entendia a gente que não tem vida cultural. Como as pessoas podem não ir ao teatro, ao cinema, preferindo gastar dinheiro numa pizza?". Se você tem a resposta, não hesite, mova-se, escreva já para a Martinha, e explique por que a cultura não avança num país rico como o Brasil, desenvolvido, onde o analfabetismo não existe. Ah, eu não tenho o e-mail dela, e comentário corneta no blog dela não vale, ela não aceita e não publica. Creiam-me, eu já tentei. Mas corneteiro dos bons, de moral, não ficam no chão, levantam, sacodem a podeira e dão a volta por cima. 

A cruzada continua, camaradas, e todos devemos ajudar MM a entender os grandes mistérios da vida no país pobre, sem cobertura, sem sarau nem chá das 5, onde DG não significa Dolce e Gabbana, mas Duro e sem Grana. Não perca a sequencia dos momentos MM. 


A Europa ainda tem muito que aprender com o Brasil


Quando a gente pensa Europa, logo pensa que tudo é bom, lindo, maravilhoso e funciona. Uma beleza. O paraíso na terra, onde os serviços são de primeira, não existe pobreza e a eficiência está presente em todos os aspectos da vida e que aqui a tecnologia é de ponta. Ledo engano, ledo engano. Aqui não estão tão avançados assim, e não digo isso por que aqui não existe tele-farmácia, tele-pizza, tele-tudo, entre outros serviços que o mundo subdesenvolvido inventou para facilitar a vida da gente, e dos animais também, pois tem o tele-tosa. 

Pois resulta que os Europeus estão bem atrasados em muitas áreas. São também um pouco inocentes a ainda se escandalizam com coisas, que, francamente, são do passado, já eram. Imagina que na semana passada foi escândalo a notícia de um preso que fugiu da prisão em Brugge, aqui na Bélgica, graças a uma audaciosa manobra de helicóptero! 

Ah, quanto amadorismo, eu era guri, faz tempo, no distante e amarelado 1985, quando o glorioso Escadinha, visionário do escapismo, com a ajuda do Gordo, seu Sancho Pança, deixava as agruras do cárcere da Ilha Grande para trás, pendurado numa corda amarrada num helicóptero para sair da prisão e entrar na história, infame, mas sempre história. Devia ter patenteado o método, que os europeus acabam de descobrir... Mal sabia ele que seria assassinado, na Avenida Brasil, em 2004. Pous bueno, eu continuo dizendo, a Europa ainda tem muito que aprender com o Brasil.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Brasil: agora vai.


Quando o xiru mora fora do Brasil há alguns anos, termina adquirindo uma distância estratégica, que permite fechar os olhos para as coisas ruins e lembrar-se apenas das coisas boas. Uma nostalgia seletiva. Pois é, assim fica mais fácil agüentar o trago amargo servido aos expatriados. E então, a gente sai do conforto mental e vai assistir Linha de passe, o filme, e toma uma bordoada: no Brasil, nada mudou.

Chega então um momento em que bate uma brasilidade aguda e o interesse pelas cousas da pátria cresce. A gente se preocupa pelo futuro do país, pois espera voltar o mais rápido possível, e com a proximidade das eleições presidenciais aumenta a expectativa. Baralham-se nomes, muitos que o xiru desatento não conhece bem, e bate aquela dúvida: será que o Brasil vai avançar, vai mudar realmente? Mas ali, no meio das nuvens negras da dúvida, surge ele, um nome conhecido, garantido, la garantia soy yo, que já demonstrou ser um verdadeiro animal político da nova geração. Os americanos tem o Obama? Ah, fichinha. Mudança mesmo, só um homem como esse, jovem, cheio de energia, pode promover: Itamar Franco.

É ele! É ele! Deu na imprensa hoje que ele se afiliou ao PPS e que o objetivo é que ele seja candidato a vice-presidente na chapa do Serra, outro jovem inovador. Imaginem a glória. Itamarzinho, do alto dos seus 78 anos, voando baixo e longe da capa da gaita, vai dar aquela injeção de ânimo que o Brasil precisa. Me pergunto onde estará a Lilian Ramos. 

Aliás, falando em Lilian Ramos, deu no La Periquita, jornal independente de Oaxaca, México, que pesquisadores da SIFU, Servicio de Investigación del Fusca, de Guadalajara, já começaram a trabalhar num projeto para o revival do glorioso Fusquinha, desta vez, um veiculo verde ( abacate ou limão) movido com energia renovável, provavelmente fricção. 

Se você, como eu, estava desiludido, não acreditava na política e não tinha interesse nenhum nas eleições por achar que nada ia mudar, pois não seja pusilânime, anime-se e imagine o Itamar ali, de novo vice ( lembrem-se que da última vez que ele foi segundo pilot, terminou nas cabeças, cousa qeu o Rubinho nunca aprendeu a fazer). Eu estou convencido: agora vai! Yes we can, uai not?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Burqa: a polêmica que não quer calar, nem mostrar a cara


Nas últimas semanas, a polêmica sobre o uso da burqa, também conhecida como  niqab, aquela roupa estilo Darth Vader que algumas praticantes do islã usam, muitas vezes na marra, recobrou força na Europa, e por dois motivos. Primeiro, Nicolas Chatosy, o presidente complexado da França, declarou que a “a burqa não é bem-vinda” no país. Depois, em Bruxelas, uma descendente de turcos eleita ao parlamento tornou-se a primeira mulher a utilizar o hijab , o véu, que esconde o cabelo mas deixa ver o rosto, numa sessão parlamentar. Fato inédito não só na Bélgica, mas na Europa. Motivo para muito debate e muita controvérsia. 

De um lado, a comunidade muçulmana que exige o direito de utilizar o véu e a burqa, seja nas escolas, nos hospitais ou no parlamento. Do outro lado, os europeus escandalizados que consideram que o parlamento é um lugar neutro, assim como a escola, e que a separação entre a religião e o estado impede o uso ostensivo de símbolos religiosos na casa do povo. Para isso , está a casa de deus, seja ele , ou ela, quem for. 

Bueno, particularmente, confesso que não me acostumo a ver tal da burqa. Na real, é até assustador. De fato, uma professora de escola primária na Inglaterra foi demitida por que se negava a dar aula sem a burqa e se sente discriminada...Eu, como o Gonzaguinha, fico com a pureza da resposta das crianças, coitadinhas, que deviam morrer de medo daquela figura toda de negro explicando-lhes as coisas da vida. Aliás, também na Inglaterra, os hospitais públicos agora disponibilizam aquele pijamão para os pacientes em versão burqa! Imagina! Me pergunto como o doutor faz para examinar a criatura. Sinceramente, com todo o respeito e tal, mas que atraso. 

Pous entonces, agora pretou o olho da gateada: o Al-qaeda, aquela, do Osama, disse que vão se vingar do Chatozy, em defesa da honra de suas filhas, mulheres e irmãs. Ah bom. Ainda bem que ainda existe gente honrada nesse mundo. Mas, diplomatas que preferem não identificar-se indicam que Chatozy pode , em gesto de reconciliação com o mundo islâmico, pedir a sua esposa, a Carla, não a Perez, a Bruni, que ponha-se a burqa. 

O que eu me pergunto a mim mesmo num momento de autorreflexão solitária entre eu e mais ninguém é o seguinte: não é hipócrita da parte dos muçulmanos Menezes exigir que se respeitem o direito deles tratarem as mulheres como carro de quem não tem garagem e tem que colocar aquela lona em cima, sendo que quando as mulheres ocidentais vão aos países árabes elas são discriminadas, tratadas como prostitutas e muitas são mesmo atacadas nas ruas? Hein? 

terça-feira, 23 de junho de 2009

FIFA confirma: corneta é legal

De nada serviram as reclamações dos jogadores. Os boleiros, sensíveis, pobrezinhos, se queixaram do barulho ensurdecedor das cornetas africanas, aquela cornetagem profunda, ancestral. A FIFA se pronunciou e disse que não dá nada, a corneta é legal, por enquanto. Dizem as autoridades que vão estudar o caso com mais atenção, pensando já no mundial , no ano que vem. Há que estar vigilante, pois pode ser que a corneta seja banida. Esse blog, fiel aos princípios enumerados aí no cabeçalho, repete, enfatiza, e desde já mobiliza as massas: cornetagem ampla, geral e irrestrita. É mais: a taça do mundo é nossa, com o corneteiro, não há quem possa. Fique atento para os próximos movimentos em defesa da cornetagem. 

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Copa das confederações: corneta nota 10.


África, ah mama África. Berço da humanidade, saqueado até não poder mais. O continente que estava em todos os livros de história e geografia do mundo consegue agora sua vaga no último que faltava: o livro da história do futebol. 

Para desespero dos europeus e tantos outros metidos a besta, a copa do mundo se realizará ali, na África do Sul, aquela, do Mandela, e do Joel. Sim, o Joel, Santana. Pode? Pois é, fazer o que, no Brasil também tem muita gente que pensa que ele é treinador.  

Mas, o que eu quero destacar aqui é a corneta bafana-bafana. A corneta 10, nota 10, que tem sido tocada sem parar durante os jogos da copa das confederações. Você viu? Não, você viu não, que eu sou gaúcho. Tu viste? Não, tu viste não, a lo gaucho, tu viu só? Mas bah xiru. É uma cousa assustadora. Não para um minuto! Parece a federal de manha, quanto tem passeata ou greve, e a galera não tira a mão da buzina. Um fenômeno a corneta sul-africana. Os caras estão em outro nível. É uma corneteada ancestral, que vem lá do fundo, e que denuncia, talvez, a colonização, o saqueio, a violência que desde sempre tem acossado a mama África. Ah, mama África. 

O que eu me pergunto é se a corneta assim, non-stop, não é prejudicial para a saúde. Além disso, acho que termina tendo efeito negativo sobre o futebol, pois os dois times estão ali, zonzos pela corneteada ancestral, profunda, 9.3 na escala Richter, essa corneteada que não perdoa. Parabéns muchachos corneteiros africanos. Agora, vamos devagar, pois corneta é bom, mas tem limite. Como diria o filósofo Nobilis, o nato: aprecie com moderação.

domingo, 21 de junho de 2009

A primeira corneta a gente nunca esquece

Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar, baixar o sarrafo, e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler.