Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corneta drops: retomando os trabalhos. Entre Kate, William e Osama estava o Obama. Mas quem sabia tudo era o Amorim.

Atendendo aos inúmeros pedidos do leitorado corneteiro que clamou pelo fim do silêncio deste meio de informação alternativo, barato e quase sem impacto ambiental, eis-me aqui a retomar as lides corneteiras. Para deleite das massas e desespero das elites. Enfim, como dizia um velho sábio cubano: pa’el que no quiere caldo, dos tazas. A cousa esteve movimentada desde 19 de março, data do nosso glorioso pousti sobre a inoperância da política externa canarinha. Façamos pois um breve resumo de alguns dos eventos que marcaram, positiva ou negativamente, as pautas das tertúlias diversas e ocuparam a imprensa e os pseudo-expertos de plantão.  Corneta drops de anis, no escurinho do cinema. Resumindo, o mundo continua patético. Já dizia o Fidel: para muestra, un botón.

 Entrementes, o mundo parou para ver o casamento do pequeno príncipe William, filho da Diana, com a Kate Middleton. Os analistas se regozijaram com a entrada da moçoila oriunda das classes menos favorecidas na família Royal, que não tem nada a ver com a gelatina. Pois eu não entendo como a moçoila essa pode ser considerada de família trabalhadora, sendo que a escola onde ela estudava, e encontrou o principelho, custa por mês quase três vezes o produto interno bruto per capita de Tonga, a única monarquia do Pacífico. Diga-se de passagem, essa história de monarquia, linhagem e descendência, que estabelece que alguém tem mais direito e valor que outro pois é filho desse ou daquele parece mais algo próprio da Expointer, onde compra-se vacas e outras bestas em função da procedência. Mais ultrapassado que isso, só o Massa e sua Ferrari com motor de Uno Mille.

Fino mesmo foi o Obama, que resolveu esperar o fim do casório, deixou o pessoal guardar os chapéus bizarros nas caixas e só depois disso autorizou a operação que invadiu a toca do terrorista aposentado mais procurado. Vocês se deram conta como tudo foi orquestrado com perfeição?  Em uma semana o mundo era algo melhor. Diana já tinha substituta e a casa do Osama caiu. Vale notar que os USA só conseguiram acabar com o Jerônimo quando a informação foi deliberadamente omitida do governo paquistanês.  Os analistas então desconfiaram de que havia indícios de colaboração entre os paquis e o velho lobo. Uns gênios esses muchachos.

Depois disso o debate: uns queriam as fotos do crâneo esfacelado na primeira página dos jornais, leitura light para o petit dejeuneur,  e os defensores dos direitos humanos criticaram o fato de que o tio fora fuzilado sem reza nem apelo. Entre eles o Celso Amorim, segundo a opinião do populacho, melhor ministro de relações exteriores que o Brasil já teve. Ele, do alto do seu conhecimento, protesta e declara que a execução sumária abre um precedente perigoso e que ele devia ter sido levado ao tribunal internacional, na Haia. O Amorim, que no seu tempo tomava chá e fotos com ditadores, agora usa seu blogui na Carta Capital ( que não publica comentário corneta) para , como diz o outro,  pregar moral de cuecas. 

Ora,se após a morte do Osama  as retaliações não tardaram a chegar, imaginem então se ele estivesse preso? Quantos atos terroristas, tomada de reféns e outras barbáries, seriam realizadas para exigir a liberação do papai Smurf do movimento islâmico radical? Bom, na próxima vez, que o Obama pergunte pro Amorim antes de agir. Não, melhor perguntar para mulher dele, pois confessa o Celsão no seu blogui que a política externa do Brasil para a África surgiu depois que sua mulher lhe perguntou: e pra África, vocês não vão fazer nada? Mulher de visão. A melhor esposa de ministro de relações exteriores que o Brasil já teve.