Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler. 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Evo Morales: a culpa é do frango.


A cada dia estou mais convencido. A esquerda obtusa é um filão inesgotável de análise. Material de primeira. Fonte de inspiração para as corneteiras e os corneteiros  do meu Brasil varonil. Vejamos, como exemplo de hoje, o Evo Morales, ex-cocaleiro, líder indígena e cabeça do MAS, Movimiento al Socialismo. Amigo íntimo do Huguinho.

Juan Evo Morales Ayma elegeu-se em 2005 com uma quantidade impressionante de votos. Líder do movimento indígena, prometia acabar com a pobreza e distribuir as riquezas do país aos Quéchua, Aymaras e demais grupos autóctones. Finalmente o país, onde 60% da população fala uma língua indígena, seria governado por um filho de um dos 32 pueblos originários. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente...

O que ocorreu depois foi uma série de medidas polêmicas, como nacionalizações, e de erros gritantes que não significaram, em realidade, uma melhora na qualidade de vida do povo boliviano. Pior ainda, agudizaram-se os conflitos étnicos e o ódio racial. O movimento separatista, liderado por Santa Cruz de la Sierra, cresceu. Nas eleições regionais realizadas no começo do mês, o MAS não foi bem, perdeu em 7 das 10 cidades mais importantes do país, inclusive em La Paz. Lembra daquelas frase típicas de primeira sérieo, tipo Ivo viu a uva? Pois é. Neste caso, Evo viu a urna. E não gostou do que viu. 

Morales, todo um democrata, revoltou-se com os resultados e acusou a eleição de fraudulenta. Engraçado, pois nas cidades onde ele ganhou a eleição foi legítima e representou os desígnios do povo. Onde ele perdeu, foi por fraude. Esse tipo de comportamento é típico de ditadores africanos, e que começa a virar moda na América Latina. Vamos rumo a uma africanização da esquerda obtusa? Só nos resta aguardar.

Mas a última do Evinho é realmente genial. Nessa semana, durante a gloriosa Conferencia Mundial de Pueblos sobre el Cambio Climático y la Madre Tierra, Evinho disse que a homossexualidade é culpa dos frangos. Sim, isso mesmo. Segundo esse grande pensador moderno, os frangos que comemos hoje em dia estão cheios de hormônios femininos, e que os homens, ao comê-los, sofrem alterações em seu comportamento de macho. Ou seja, resumindo, o homossexualismo é um resultado da dieta moderna, promovida pelo capitalismo, que todos sabemos, vem do império do inferno.

Consta que ao inteirar-se dessa revelação impactante, o papa respirou aliviado, enviou uma carta de agradecimento e proibiu que membros do clero comam frango. Assim terminarão os escândalos na igreja católica.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cuba: o original é sempre melhor.


A esquerda obtusa latina adora o Chávez e vê nele e no seu movimento bolivariano a versão moderna do Fidel Castro. Ele representa a continuação dos ideais revolucionários e da luta contra o império do inferno. Como se fosse realmente necessário continuar com essa estupidez. Hugo, assim chama-se a figura, inspira-se nos ideais da revolução cubana e aplica a fórmula com esmero, seguindo a cartilha com devoção. Mas por melhor aluno que seja, por mais que ele se esforce, com sucesso, para afundar um país com tanto potencial, ele ainda está longe de alcançar seus mestres. Ele é uma boa cópia, mas o original é sempre melhor. Huguinho prende empresários, sindicalistas, fecha ou nacionaliza empresas, toma decisões arbitrárias e injustificáveis, mas bater em mulher, isso ele ainda não faz. Bom, só na dele, pois disse ela, a Maribel, que apanhava legal, e por isso o abandonou. Mas em Cuba, camaradas, lá, a cousa é diferente. 

Levanto esta bandeira e toco esta corneta ainda estupefato pelas últimas cenas de violência política promovida pelas fuerzas de seguridad a serviço dos irmãos Castro. O regime não perdoa nem mesmo as famosas Damas de Blanco, grupo de mulheres dissidentes que vestidas de branco marcham silenciosamente pelas ruas de la Habana para exigir liberdade para familiares ou maridos – atenção, pois marido não é família – que são mantidos como presos políticos. No domingo passado, ao sair da igreja, as damas foram atacadas por grupos favoráveis ao governo e por agentes das fuerzas de seguridad. As fotos estão aí, pela net pode-se ver várias. Mulheres sendo jogadas no chão, arrastadas por um dos pés; uma avó de 80 anos sendo escoltada pela polícia; uma manifestante tomando uma gravata e outra, que você vê ai acima, sendo agarrada pelos cabelos. Um horror. Uma vergonha.

Cenas revoltantes como essas dão nojo da esquerda burra, que aplaude a ditadura e fecha os olhos para as violações sistemáticas dos direitos humanos. Tudo se justifica na luta contra o império do inferno. Vale o discurso aquele de que em Cuba existe um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Em Cuba a educação é ótima e quase não existe analfabetismo. Agora, que alguém me possa explicar de que serve todo mundo, ou quase, saber ler se na ilha não se pode ler nada que não seja autorizado pelo governo? De que serve uma população que sabe escrever mas não pode escrever o que sabe?

Ditadura não se justifica. Seja de direita ou de esquerda. Ditadura se corneteia.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As últimas diabruras da esquerda obtusa


Chávez superou-se esta semana. Quando a gente pensa que ele já fez todo o tipo de sandice, ele mostra que não há limites para a esquerda burra. Para comemorar o fracasso do golpe de 2002, e a sua volta ao poder, organizou uma cerimônia na qual 30 mil milicianos com fuzil na mão prometeram dar a vida para impedir que ocorresse outro golpe. O imperador bolivariano, empunhando a espada mítica de Simon - não o Pedro, nosso senador, pois esse não tem espada, tem é uma casa em Rainha do Mar – tomou juramento a mais de 30 mil seguidores, num ato transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, coisa fácil de conseguir já que ele controla tudo. Celebrou-se assim o “Día de la Milicia Bolivariana, del Pueblo en Armas y de la Revolución de Abril”.

 Aliás, diga-se de passagem, as milícias bolivarianas são motivo de muita polêmica. Há alguns anos, o governo revolucionário oferece treinamento ao povão para que possam tomar armas quando a Venezuela for atacada, possivelmente, pelos Estados Unidos, país ao qual o líder supremo da esquerda obtusa latina referiu-se durante o ato, quase circense, como “ império del infierno”. Paranóia total. A Venezuela será atacada, no máximo, na próxima edição da Copa América, e não pelo time do Dunga, pois esse, sabemos, tomou uma chapuletada em Caracas. 

 A militarização das favelas de Caracas é um fato e o corneteiro que escreve estas linhas já viu vídeos e imagens desses treinamentos, obtidos diretamente de fontes venezuelanas. Uma coisa impressionante. Gente de 8 a 80 anos de idade, dando tiros e aprendendo noções básicas de guerrilha urbana. Fenomenal. Ah, mas não há motivo para se preocupar. Não existe, segundo as fontes oficiais, uma corrida armamentista na nossa América Latina. Prova disso é que os 30 mil fuzis distribuídos ao povão, sem carregador, são armas velhas, com 50 a 60 anos de uso e , segundo fontes do El País, só dão bafo.