Pois é, demorou, mas saiu. Depois de um fim de ano atribulado, com muito trabalho, e de férias bem merecidas no florão da América, a corneta vai voltar a tocar. Claro, agradecendo aos milhares de leitores, todos eles fictícios e imaginários, que enviaram lindos e emotivos apelos virtuais, pedindo a volta da corneta. Ela voltou, a corneta voltou novamente, partiu daqui tão contente, por que razão quer voltar?
Pois a corneta volta lúgubre, fúnebre. Se fosse bandeira, voltaria a meio mastro. Mas é corneta, então soa triste e pesada. Não há como ser diferente, considerando a quantidade de catástrofes ocorridas em 2010. Algo impressionante a quantidade de pessoas que já perdeu a vida, seja por inundação, terremoto, furacão, tempestade ou todas as opções acima. Se 2009 foi o ano da crise, 2010 parece decido a ser o ano da catástrofe. Em nota leve futebolística, vale lembrar que o inter, com minúscula, foi derrotado pelo Novo Hamburgo, com maiúsculas, em casa. E vem outras ainda, pois seu treinador uruguaio vai acabar deixando a galera vermelha na fossa.
Mas enfim, o que preocupa, entre tantas coisas, é a total falta de capacidade das autoridades incompetentes para enfrentar momentos de exceção como os que vimos desde o começo do ano, inclusive na noite mesma da virada, com o triste episódio de Angra dos Reis. Como cantavam os legionários urbanos, “pra que se explicar, se não existe perigo”?
Imaginem, faz quase dois meses que ocorreu o terremoto no Haiti, um país que em condições normais parecia que tinha acabado de passar por uma catástrofe, e as pessoas ainda estão sem saber o que fazer, sem ter para onde ir, sem receber nenhuma ajuda concreta de parta da tão falada “comunidade internacional”, um monte de diplomatas ( antes fossem os chocolates) com pouco preparo e, no máximo, boas intenções. Amadorismo total. Nem o gauchão, organizado pelo enredado noveletto, é tão amador. A ONU não evolui, e sinceramente, eu já joguei a toalha. O pior para o Haiti é que agora veio o terremoto do Chile, e vocês sabem, terremoto é como eliminado do Big Brother: o último é o mais badalado.
Que tristeza ver as pessoas perdidas, desesperadas. O governo não aparece, mas na hora em que o povo invade os supermercados por um pouco de comida, mesmo que seja para o cachorro, como foi o caso da senhora chilena que saia do super com um sacão de ração, os milicos vem e baixam o cacete. Se fossem tão eficientes para dar uma resposta aos desastres, não seria muito melhor?
de fato 2010 o ano das catastrofes naturais, onde parece que a até a inclição do nosso planeta foi alterada novamente, e algumas crises parecem começar a tomar forma como as Malvinas que voltam a ser discutidas, o Irã.... Mas existe uma tragedia já cantada, a derrota do time da beira do aterro.... gde abraço.
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ResponderExcluirMas ah meu camarada! Que beleza, mais um corneteiro de plantao...Bienvenido muchacho!
ResponderExcluirBueno, a derrocada vermelha é, como já dizia o Garcia Marques, crônica de uma morte anunciada.
Tens razao, a terra mexeu, até aqui na Bélgica foi notícia, que o país mexeu um centímetro...a coisa aqui é tao parada, que só assim mesmo pra algo se mover...Quando vens pra cá charlatao?