Depois do sorriso do lagarto,chegou a hora da corneta. O negócio é cornetear. Não importa nada, nem ninguém. Se você espera um blog construtivo, politicamente correto, pois senta, e continua esperando. Aqui, olho no lance, a jogada é criticar e liberar o stress. Terapia é bom, mas cornetear, camaradas, não tem preço. Aliás, o blog é grátis, popular, e não precisa entrar na cota para ler. 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Thoughts before the GMR slides into oblivion


Now that the fireworks set off at the launch of the 2013/14 Education for All Global Monitoring Report ( GMR) have died down, the GMR, as most publications of similar nature, begins to slowly slide into oblivion. There are good reasons why we should rescue it though. It is beyond dispute that the report draws the attention to many issues that are fundamental to us, teachers. Consequently, we can only benefit from disseminating its recommendations and using it to further our cause. Nevertheless, there is no rose – no pun with the former report’s director name intended-  without a thorn and certain GMR conclusions, if unchallenged, risk sending policy makers in the wrong direction.

Let me be honest with you, from the start. I am not any people actually read it. One of the things that always called my attention about it is its tendency to serve as a platform for publicity of NGOs. Year after year, the report highlights successful examples of programmes run by NGOs in different countries and presents them as either innovative or “best practice”. Of course, the source of such a conclusion is, more often than not, a report submitted by the very same organisation. One can only wonder if an NGO would voluntarily submit a report that says a given intervention failed. This raises concerns about whether the GMR team looks critically at such programmes. This, per se, is not a major problem, but it does gain importance if we fail to take an in-depth look as to why a programme is considered successful and what lessons we can learn from it.  After all, as stated in the report’s foreword, we must learn from evidence. 

The GMR team is entitled to throwing a spotlight on interventions they consider successful.  Nevertheless, when a report that aims to influence public policy fails to see that what is presented as a successful NGO intervention is nothing more than what governments should be doing in the first place, and what teachers’ unions advocate for on a daily basis, I get worried. I get even more worried when the report makes the case that you can learn faster in an NGO-run school than in formal government schools. What is the policy recommendation such a conclusion implies?

When the GMR does not look further into why the students of a certain NGO-run school, where the maximum number of students per class is 25 - less than half the nation’s official , not the real pupil teacher ratio-  learn better than those who attend government schools, it is missing an opportunity. Clearly, smaller number of students in a classroom allow for better learning. When the GMR says that students who attended an NGO literacy programme which provided teachers with adequate materials and training perform better than students whose teachers did not receive any, it is missing another opportunity to say that adequately trained and supported teachers will perform better. 

It seems that NGO best practice thrives when government worst practice is in place. Maybe the GMR could focus less on what the NGOS are doing right and more on what the governments are doing wrong?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dilma e a crônica de uma corrupção anunciada.

Desde o dia em que o Brasil foi escolhido como sede de dois eventos esportivos internacionais de envergadura,especificamente, o festim da FIFA em 2014 e os jogos olímpicos em 2016, o povo , ainda que orgulhoso pela escolha, sabia que ia dar chabu. Abririam-se as comportas da nossa Itaipu corruptora e rios de dinheiro correriam aos bolsos de políticos e seus cupinchas.  Claro, entrementes, a nação queimaria o filme. O Brasil não passaria de um anfitrião emergente frustrado.

Hoje, o que vemos é que as obras para o carnaval FIFA estão atrasadas. Alguns estádios ainda nem saíram do papel. As obras para melhorar a estrutura aeroportuária, como o avião da praça ali em Canoas,  não saem do lugar. A politicagem asquerosa que caracteriza a nação impõe-se como um obstáculo insuperável e a filosofia do “ primeiro eu, depois os meus” colocam em risco a imagem já bastante deteriorada do gigante emergente. Como diria aquele dirigente do Grêmio  num passado longínquo depois de uma virada sofrida contra o Glória em Vacaria, esses são momentos “ divisor de águas”. Um dirigente para esquecer, mas enfim, fica a lembrança do gol salvador do Almir, que de vez em quando declinava um futebol com muita gramaticalidade.

Eis que a nossa presidente, que insiste fazer-se chamar presidenta, gramaticídio sistemático e delirante, deseja evitar que as obras da Copa e das olimpíadas estejam sujeitas ao escrutínio popular. O governo da Dilma deseja bloquear o acesso a informações cruciais como o custo das obras, quem pagou quanto a que empresa, entre outras coisas. Ora, a transparência deve estar assegurada, enfatizada e incentivada como prática e política inalterável sempre que se trata de dinheiro público. A Dilma acha que não, que não tem nada a ver, e manda sua nova soldada, a Salvatti, nome profético, dizer que não se justifica e que , a Corneta cita, “ se eu quero comprar uma casa, ninguém precisa saber quanto eu estou disposta a pagar”. Imaginem, até o Sarney queria que não houvesse sigilo! Mas a Dilma não, ela não quer saber de abertura. Pode que depois se descubra que a firma do Palocci foi contratada para, hum, digamos, uma consultoria.

O governo titubeante da sobrinha do Lula não entendeu ainda que o que queremos e precisamos são mudanças, avanços na administração e na cultura política nacional. Queremos ver uma nova forma de fazer política e de administrar a cousa pública. O que a Dilma nos oferece, por exemplo, nomeando tipos de currículo duvidoso, são crônicas de corrupções anunciadas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

A fábula do peru, o ovo e o caranguejo.

Era uma vez uma ave da família dos meleagridídeos que habitava a costa pacífica de nuestra hermosa América Latina.  Para os menos versados em ornitologia, indicamos que na maioria das vezes essa ave, Meleagris gallopavo, é aquela que se come na ceia de natal. Deveras, talvez a única vez que o brasileiro a vê ao longo do ano. Ressalte-se que o chester, como espécie, não existe. Trata-se de uma , segundo dizem, ave manipulada geneticamente. Um pássaro Frankenstein. Você já viu uma foto de um chester? Eu não.

Enfim, num belo dia o peru chegou a uma encruzilhada. Um momento capital na sua vida, já tão atribulada. Como toda ave latina, o peru passou por poucas e boas. Na verdade, muitas e ruins. Depois de algum tempo, o peru tinha se ajeitado na vida, tinha melhorado um pouco sua situação. Ajeitou a casinha, que estava por cair. Mandou as crianças para a escola, ainda que a escola, como sua casa, estivesse por cair. Montou um negocinho, vendendo bugigangas, e ia, como gosta de dizer humildemente, com aquele seu jeitinho tão peruano, “ salindo adelante”. 

Só que na vida do peru, como na dos papagaios,  vizinhos com os que compartilham a Amazônia, o peru chegou em um momento da sua rota em que uma encruzilhada o forçava a decidir se ia para a direita, ou para a esquerda. De um lado , à sua direita, viu um caranguejo e um monte de urubus. Do outro, à sua esquerda, apenas um ovo. Parou e imediatamente  ouviu o caranguejo:
- Ei, peru, está perdido? Vem comigo.
Os urubus reforçaram o coro do caranguejo, dizendo, não vai para o outro lado não. Esse ovo aí está  podre.  Vai te arrepender. O caranguejo insistiu, dizendo:
- Eu ando para trás, um caminho que você já conhece. Poderemos inclusive evitar alguns buracos nos quais caímos na vinda. Melhor ir para trás, com segurança de voltar ao ponto de partida, do que ir atrás desse ovo. Ninguém sabe o que vai sair daí de dentro.  

O peru, que não tinha botões, consultava suas penas. Pensava no que fazer. Seguir o caminho do ovo, que poderia não chocar nada, ou talvez mesmo uma espécie de ave de rapina que acabasse matando-o, ou ir para trás , ouvindo a voz dos urubus.  Dessa decisão dependeria o seu futuro. Lembrou-se então de uma conversa que tivera com seu amigo e vizinho papagaio, que contava um dia ter passado pela mesma situação e que quase seguiu os urubus. Olho para o caranguejo e disse:
- Prefiro ver o que vai sair desse ovo. Contigo, eu só posso ir para trás. Desse ovo pode sair um ave de rapina, mas também um beija-flor, que poderá ser campeão na Sapucaí. Quem sabe até mesmo um bicho como aqueles que deu uma melhorada boa na vida dos papagaios? Vai com os teus, caranguejo. Eu giro à esquerda.

E assim, o peru resolveu apostar no ovo, na esperança que dele, por milagre, nascesse um molusco cefalópode, pelágico, da ordem dos teutóides, e que os papagaios chamam lula. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corneta drops: retomando os trabalhos. Entre Kate, William e Osama estava o Obama. Mas quem sabia tudo era o Amorim.

Atendendo aos inúmeros pedidos do leitorado corneteiro que clamou pelo fim do silêncio deste meio de informação alternativo, barato e quase sem impacto ambiental, eis-me aqui a retomar as lides corneteiras. Para deleite das massas e desespero das elites. Enfim, como dizia um velho sábio cubano: pa’el que no quiere caldo, dos tazas. A cousa esteve movimentada desde 19 de março, data do nosso glorioso pousti sobre a inoperância da política externa canarinha. Façamos pois um breve resumo de alguns dos eventos que marcaram, positiva ou negativamente, as pautas das tertúlias diversas e ocuparam a imprensa e os pseudo-expertos de plantão.  Corneta drops de anis, no escurinho do cinema. Resumindo, o mundo continua patético. Já dizia o Fidel: para muestra, un botón.

 Entrementes, o mundo parou para ver o casamento do pequeno príncipe William, filho da Diana, com a Kate Middleton. Os analistas se regozijaram com a entrada da moçoila oriunda das classes menos favorecidas na família Royal, que não tem nada a ver com a gelatina. Pois eu não entendo como a moçoila essa pode ser considerada de família trabalhadora, sendo que a escola onde ela estudava, e encontrou o principelho, custa por mês quase três vezes o produto interno bruto per capita de Tonga, a única monarquia do Pacífico. Diga-se de passagem, essa história de monarquia, linhagem e descendência, que estabelece que alguém tem mais direito e valor que outro pois é filho desse ou daquele parece mais algo próprio da Expointer, onde compra-se vacas e outras bestas em função da procedência. Mais ultrapassado que isso, só o Massa e sua Ferrari com motor de Uno Mille.

Fino mesmo foi o Obama, que resolveu esperar o fim do casório, deixou o pessoal guardar os chapéus bizarros nas caixas e só depois disso autorizou a operação que invadiu a toca do terrorista aposentado mais procurado. Vocês se deram conta como tudo foi orquestrado com perfeição?  Em uma semana o mundo era algo melhor. Diana já tinha substituta e a casa do Osama caiu. Vale notar que os USA só conseguiram acabar com o Jerônimo quando a informação foi deliberadamente omitida do governo paquistanês.  Os analistas então desconfiaram de que havia indícios de colaboração entre os paquis e o velho lobo. Uns gênios esses muchachos.

Depois disso o debate: uns queriam as fotos do crâneo esfacelado na primeira página dos jornais, leitura light para o petit dejeuneur,  e os defensores dos direitos humanos criticaram o fato de que o tio fora fuzilado sem reza nem apelo. Entre eles o Celso Amorim, segundo a opinião do populacho, melhor ministro de relações exteriores que o Brasil já teve. Ele, do alto do seu conhecimento, protesta e declara que a execução sumária abre um precedente perigoso e que ele devia ter sido levado ao tribunal internacional, na Haia. O Amorim, que no seu tempo tomava chá e fotos com ditadores, agora usa seu blogui na Carta Capital ( que não publica comentário corneta) para , como diz o outro,  pregar moral de cuecas. 

Ora,se após a morte do Osama  as retaliações não tardaram a chegar, imaginem então se ele estivesse preso? Quantos atos terroristas, tomada de reféns e outras barbáries, seriam realizadas para exigir a liberação do papai Smurf do movimento islâmico radical? Bom, na próxima vez, que o Obama pergunte pro Amorim antes de agir. Não, melhor perguntar para mulher dele, pois confessa o Celsão no seu blogui que a política externa do Brasil para a África surgiu depois que sua mulher lhe perguntou: e pra África, vocês não vão fazer nada? Mulher de visão. A melhor esposa de ministro de relações exteriores que o Brasil já teve.

sábado, 19 de março de 2011

Dilma: a torturada que aplaude o torturador


Ontem, a comunidade internacional, seja lá o que isso signifique verdadeiramente, viveu um dia histórico. Ou quase. Frente à loucura do descontrolado e caquético Gaddafi, o Conselho de Segurança eternamente inoperante das Nações Unidas resolveu acordar e tomou uma atitude. Esperemos que permaneçam acordados e este não seja apenas um espasmo.  O fato concreto é que se mandou uma mensagem clara ao cachorro louco do deserto. A coisa vai esquentar e um ataque aéreo é iminente. Assim, os olhares do mundo dividem-se hoje entre a usina nuclear de Fukushima e Benghasi, a cidade que concentra o comando rebelde que ousou enfrentar o “líder”  da revolução líbia, que se mantém no poder mamando nas tetas ricas dos poços de petróleo enquanto o povo sofre a mesma fome depois de 42 anos. Muito tempo.

Eis que então, nesse dia memorável, quando finalmente o mundo quase civilizado resolveu reagir à barbárie, o Brasil decide acovardar-se na hora da votação. Rabo entre as pernas, se absteve. Ora, que alguém me explique como um país que se diz emergente, supostamente a única democracia verdadeira entre os novos ricos - ou velhos pobres, já que os países ricos agora empobrecem - e que depois de anos e anos batalha por provar ao mundo que merece um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, resolve aliar-se aos russos e chineses e não pronunciar-se claramente contra um déspota assassino de carteirinha. Uma vergonha sem tamanho. Hoje, numa entrevista coletiva, o ministro líbio do petróleo declarou que o país espera continuar produzindo e que aguarda contatos de empresas chinesas e brasileiras que queiram trabalhar com eles. Será que foi isso que pesou na hora da decisão? Ou será que o Chávez ligou para a Dilma e disse que “ la chapa está caliente” e o melhor é o Brasil ficar frio se quiser continuar a ser nosso camarada?

O cálculo político da diplomacia inoperante brasileira enche a nação de vergonha. Nem Felipe Melo teria feito melhor. Eu que pensei que o discurso da Dilma em que afirmava que o Brasil não seria mais conivente com ditaduras era sério. Na certa ela não se deu conta do que ocorria, pois estava tirando fotos com a Shakira, enquanto o Patriota, a quem a Corneta agora se referirá como Pateta, manchava o nome do país na hora do voto. O difícil mesmo é entender como a Dilma, que foi torturada, hoje se cala e aplaude um torturador.  Que alguém acorde nesse governo, antes que seja tarde.

sábado, 16 de outubro de 2010

A solução é a cápsula


Pois é. E os mineiros saíram do buraco. Os chilenos, claro, pois os de Belurzonti continuam ali no fundo do poço. Consta que o presidente do Galo pediu emprestada a cápsula Fênix para ver se tira de uma vez por todas o Atlético das trevas. O Piñera, presidente empresário, diz que só aluga. Vender não, pois a sonda pode ser útil em outro momento.

Incrível como esse episodio mobilizou o mundo. Ficamos sabendo até que um dos mineiros tinha perfurado a galeria de uma vizinha e que a sua mulher não iria esperá-lo na saída, deixando os flashes para a amásia. As fotos do Florencio Avalos, o primeiro a sair, com uns óculos estilo Bono Vox, fizeram a capa de jornais e revistas no mundo inteiro. Aliás, registre-se que isso foi um Big Brother ao contrário, onde todo mundo queria ser o primeiro a sair e ninguém nem prestou atenção em quem foi o último. Quem esperava uma frase tipo “um pequeno passo para um homem um grande salto para a humanidade” recebeu um curto e autêntico “ viva Chile, mierda”. Alguns mais exaltados querem colocar a frase na bandeira do país.  O Piñera, oportunista e populista, disse que vai estudar a possibilidade.

O fato é que o episodio desatou no país um orgulho imenso de ser chileno. Uma mina que registra mais de 80 acidentes e onde o pessoal trabalha sem as condições mínimas de segurança expõe na verdade a essência do que é ser latino: a fé na enjambração. A crença fundamental no “não dá nada”. E é isso que comemoram também hoje os chilenos, essa certeza de que no fundo, não dá nada. Nós, latinos, já nascemos meio enjambrados. A improvisação está impressa no nosso DNA. Ora, por um milagre, e também por perícia, esses pobres trabalhadores explorados não morreram no momento do acidente e conseguiram superar o calvário subterrâneo. Mas enfim, enquanto o povo celebra e saúda os heróis a mina fecha e deixa desempregados outros tantos.  

Agora, já que se conseguiu tirar 33 homens de um buraco a 700 metros de profundidade, não seria possível, por exemplo, usar a cápsula Fênix para poder tirar os Palestinos do cerco ao que estão submetidos por Israel? Não daria para levar a cápsula em uma turnê mundial, passando por Cuba e tirando do buraco os presos políticos do regime dos Super Castro Brothers para depois ir tirar as tropas aliadas do buraco em que se meteram no Afeganistão? Que alguém ligue para o Piñera.

sábado, 11 de setembro de 2010

Sobre eleições, circo e insônia


Estamos há menos de um mês do dia das eleições e o combate democrático chega a seu ápice. Candidatas e candidatos do Brasil varonil usam suas últimas armas para convencer o eleitorado. Enquanto isso, na sala de justiça, o pessoal do marquetingue político tenta uma última e desesperada manobra para mudar o rumo, assim como fez Edward Smith, o capitão do Titanic, naquela madrugada de abril, no longínquo ano de 1912.  O final, para muitos, será o mesmo.

A julgar pelas últimas pesquisas - espécie de ecografia do pensamento do povo, onde os especialistas tratam de ver a cara do bebê, se é menina, pela primeira vez, ou menino, de novo – a cobra já está morta e o tio Coisa, aquele da família Adams, vai seguir as instruções dadas pela rainha dos baixinhos e sentar bem lá no fundo, ali com a Cláudia e com o senhor Smith. O cara é tão chato que o povo não vai nem dar a chance de um segundo turno.

Tal como numa novela da Globo, não há nenhuma surpresa no desenlace e de fato, melhor que seja assim. Se por um lado a Corneta se regozija com a derrota da direita conservadora, lamenta a mediocridade da esquerda e manifesta sua profunda consternação com o casting do próximo folhetim ambientado no Planalto. Segundo as ecografias recentes, a montanha não vai parir um rato, mas sim um circo.

Se fosse o Vostok, ou o Du Soleil, dava para encarar.  O problema é dar-se conta que a próxima legislatura, num momento histórico fundamental, de mundo quase pós-crise,  onde o Brasil tem de se posicionar e evoluir,vai ter como grandes atrações o Tiririca, o Aguinaldo Timóteo e a mulher Pêra. O primeiro, autor da intragável Florentina, fez campanha dizendo não saber o que faz um deputado federal. O segundo declarou-se herdeiro político do Clodovil e anuncia como seu grande objetivo aprovar o projeto de lei do falecido costureiro que estabelece a gratuidade do exame de próstata. Pelo menos ele é sincero e admite que no fundo, a política serve é para isso, para o povo levar pelos ânus. Já a gloriosa Pêra, intelectual destacada no mundo acadêmico do Tatuapé ou do Salgueiro, faz campanha propondo, bueno, na verdade proposta não tem, sua plataforma política baseada na bunda e no peitão .   Fórmula de sucesso para o povão. Mas isso não é tudo, o Netinho, aquele do samba na COHAB, vai ser senador.

A minha pergunta é a seguinte: não existe um lugar de retiro para artistas decadentes? O que aconteceu com o retiro dos artistas? Espero que o próximo PAC da Dilma inclua medidas de apoio ao artista aposentado, frustrado ou fracassado, pois assim essa gentalha não vai mais precisar depender da política para se sustentar. Uma vergonha. 

O brabo mesmo é que, segundo estudo recente, homens que tem insônia tem quatro vezes mais chance de morrer mais cedo. Mas como é que alguém vai dormir com um barulho desses?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Acabemos com a FIFA: por uma Federação Bolivariana de Futebol


Bueno, e a Copa acabou-se. Para nós, claro. Para o time laranja e o outro com cor de chouriço a cousa continua. Mas isso já não tem importância, pois a nossa carruagem virou abóbora.  Assim, as brasileiras e os brasileiros voltam ao seu cotidiano nada patriótico e todo o amor pelo país volta para o fundo do baú, onde estão acumulando mofo os gibis do Conan o Bárbaro e aquela  edição do Pasquim sobre o gatilho salarial. Pois é, eu sou desse tempo.

Enfim, a onda agora é analisar o que deu errado, dar pau no Dunga, no Jorginho, no Teixeira. O novo esporte nacional é discutir quem vai ser o próximo técnico da seleção. O debate sobre quem vai ser o próximo presidente, ou presidenta, é secundário. Aliás, falando nisso, por que não uma técnica para a seleção? Se os EUA foram capazes de eleger um negro, e o Brasil  parece estar pronto para eleger uma mulher, por que não uma técnica para a seleção? Se o Dunga foi contratado sem nenhuma experiência, a Marta também pode. Ela, pelo menos, joga futebol. O Dunga lutava tae-kwon-do com bola.

Mas a corneta é um instrumento de vanguarda e não vai ficar analisando nenhuma obviedade. O que a corneta quer realmente é levantar uma lebre revolucionária. Ora, todos sabem que a FIFA é uma organização esclerosada e corrupta que não gosta de latino-americanos e nem de mudança.  Prova disso é que quando se deram conta, nas oitavas de final, que havia quatro latinos e que havia uma grande probabilidade de uma final entre hermanos, a ordem dada aos árbitros foi clara e precisa: na dúvida, contra os latinos. Por isso não querem vídeo nem nenhuma modernidade tecnológica que possa fazer do futebol um esporte limpo onde o melhor ganhe. Assim sempre haverá margem de manobra, tramóias e outros golpes sujos.

A FIFA não queria que o Brasil ganhasse, pois jogando a próxima copa em casa, O Brasil seria imbatível e teria já 7 canecos.  Por isso escalou aquele japonês que devia ter expulsado o Van Bommel três vezes. O mesmo Van Bommel que no jogo contra o Uruguai bateu mais que o Dunga no seu auge, e que recebeu um cartão amarelo no minuto 89, por reclamar que o jogo já devia ter acabado. Pobre Uruguai, que teve um pênalti legítimo, de cinema, não marcado. O Paraguai também foi roubado e teve um gol anulado. Só no jogo da Argentina o arbitro não precisou interferir. Os pelotudos do Peluza foram naturalmente eliminados.

Pois, como dizia, a FIFA é um atraso e vai continuar organizando copas para os europeus ganharem. Uma organização que se esconde na Suíça, não pode querer nada mais do que defender os interesses europeus.  Aliás, na Suíça se escondem todas as organizações inúteis do mundo : Nações Unidas, Organização Mundial do Comércio, UNESCO, UNICEF, Organização Mundial da Saúde, entre outras. Coincidência?

Enfim, frente a esta situação, reconhecendo o fato de que não se pode mudar a FIFA, só existe uma alternativa: criar uma nova federação de futebol. Mas não uma federação capitalista, com sede na Europa. A solução seria uma Federação Bolivariana de Futebol, com sede em Caracas. Claro, no lugar do Blatter, colocamos o Chávez. Para as transmissões dos jogos, nada de ESPN, nem SPORTV e maracutaias com a compra dos direitos. Tudo grátis, na TVSUL ou na Al Jazeera. Teríamos uma copa inclusiva, bolivariana e libertadora, onde todos os países poderiam participar. Veríamos jogos inéditos como Ilhas Fiji e Suazilândia. O futebol se reaproximaria dos seus valores sociais originais. Claro, teríamos que esperar que fosse resolvido o problema de racionamento de água e energia na Venezuela, senão o Chávez ia reduzir o tempo de jogo para 15 minutos, para evitar o risco de apagão. Ah, e ducha depois do jogo, nem pensar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Na copa medíocre, só a vuvuzela dá o que falar.


Coitados dos africanos. Contra todas as expectativas, eles conseguem construir a tempo estádios de tirar o fôlego para receber a copa. Pena que esta seja, pelo momento, a copa mais medíocre dos últimos anos. Não há gênios nem grandes equipes que possam ser consideradas favoritas. Os grandes times passam por um momento ruim, comandados por grandes energúmenos do futebol, gente para quem a canela começa ali onde termina a cintura. As possibilidades de surgir uma revelação são tão grandes quanto as da BP conseguir parar a maré negra. Os jogadores considerados craques só jogam bem nos seus times, pois na seleção nacional, camarada, a companhia é outra. É barbada ser craque no Manchester, no Madrid, no Barcelona, no Chelsea. Brabo mesmo é ser craque jogando com Portugal, Costa do Marfim e na Argentina do louco e decadente Pelusa.

Até agora, temos um festival de empates, muitos sem gol. Como imaginar que Portugal e Costa do Marfim, cujos atacantes constam em qualquer lista dos melhores cinco do mundo, terminaria em um chato empate sem gols? Pois é. O CR9 foi um zero à esquerda, e o Drogba, uma droga. Crack mesmo, só na boca em Johanesburgo. O nosso anão, por exemplo, adotou a campanha da érribeéssi e decretou que com a canarinha, crack nem pensar. Veja o banco do Brasil que nesse momento estréia, com dificuldade e tomando um bafo da gloriosa Coréia do Kim Jong Ill. Um horror. Prefiro nem citar os nomes, apavore-se você mesmo.

Enfim, com o futebol medíocre apresentado até agora, com direito a frango de cinema e outras tosqueiras inenarráveis, só mesmo a vuvuzela para alegrar a galera. Essa corneta ancestral, profunda e revolucionária perturba os jogadores e causa mal-estar entre os figurões da velha, chata e corrupta Fifa, que ameaça banir e proibir o santo gral do corneteiro, instrumento que inspirou esse blógui. Imaginem, depois do xiru ter pago uma fortuna para ir ao país do arco-íris e ter enfrentado uma fila do cão para ver o Elano com a camisa 7 e dar-se conta que no banco estão Josué, Ramires e Grafite como opções, ele não pode nem cornetear. E os direitos humanos? Toca meu filho. Toca essa corneta ancestral e profunda. Só nos resta isso mesmo. Que alguém me acorde quando acabar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Israel,British Petroleum, a ONU e a seleção do Dunga: parem o mundo que eu quero descer.


Neste dia 31 de maio, a estupidez humana provou que realmente não tem limites.  Israel, país azedo, mal-amado e truculento cuja fama dispensa apresentações, conseguiu a proeza de tirar a British Petroleum , sua interminável  maré negra e a seleção do Dunga das primeiras páginas. O que era para ser uma simples abordagem a uma frota de barcos que levavam comida e medicamentos ao mais que sofrido povo palestino tornou-se um massacre.  A Frota da Liberdade não conseguiu chegar ao seu destino. Pelo menos 10 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas.  

Digo pelo menos, pois ninguém sabe ao certo nesse momento o saldo mórbido dessa operação desastrosa que chocou o mundo inteiro.  A corneta toca fúnebre em memória dos falecidos e como não tem nenhum dever diplomático manifesta seu total repúdio a esse ato.  Mais um para a  interminável lista de atrocidades cometidas pelo estado hebreu, cujo lema é “antes eles do que eu”. O pior mesmo é ver as declarações do governo, que justifica o operativo e mostra imagens de algumas fundas com as quais os soldados teriam sido atacados. Fundas. Isso mesmo. Aliás, que povo bem medroso esse. Deve ser um trauma de infância, pois cada vez que aparece uma funda, eles tocam bomba. Quantas crianças palestinas morreram por jogarem pedras num blindado hebreu, antes eles do que eu? O pior é pensar que esses mal-amados têm bomba nuclear e o apoio dos gringos, dos franceses, enfim, de quase todo mundo, menos dos árabes, claro. O Sadam, por muito menos, foi enforcado. Enquanto isso, o Netanyahu, primeiro-ministro sinistro, passeia livre pelo mundo e é recebido com pompas pelo ôbaôbama.

 Pois é. Uma segunda-feira trágica. O brabo mesmo é saber que tudo o que o mundo pode fazer é contar com as Nações Unidas e o seu Conselho Inútil de Segurança. Eles estão reunidos agora e vão provavelmente divulgar um comunicado aguado tipo “condenamos este ato inaceitável”. Isso aí é barbada. Quero ver mesmo é eles condenarem a falta do Ronaldinho e a presença do Josué, do Ramires e do Grafite. Quando penso na violência de Israel, na maré negra da BP - que hoje anunciou que o petróleo vai jorrar ate agosto, depois da copa que a seleção vai perder – e no time do Dunga, camaradas, penso em apertar o eject. Parem essa joça, pois como dizem na Costa Rica, yo voy jalando.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Marina Silva: a onda verde não passou de uma marolinha.


Esta semana esteve em Porto Alegre a candidata, bueno, pré-candidata,  presidencial do Partido Verde – condenado, parece, a não amadurecer. Para muitos, Marina Silva encarna a única opção verdadeiramente de esquerda na luta pela sucessão do campeão mundial dos presidentes, o nosso Lula. Sim, campeão do mundo de presidentes. Assim o Le Point, revista semanal francesa entre as mais lidas e respeitadas em Sarkozilandia, refere-se ao ex-sapo barbudo. Num especial de 21 páginas sobre o Brasil, “ le nouvel eldorado”, o Le Point enche o gordinho de confete e pergunta o que será do Brasil sem ele.  Boa pergunta.

O fato é que a senadora Marina Silva, terceira colocada nas pesquisas recentes, atrás do tio Coisa da família Adams e da Dilma, não conseguiu convencer em 80 minutos de entrevista a este humilde corneteiro de que ela tem café no bule e pode representar a alternativa que o Brasil precisa. Ah sim, precisamos de uma alternativa. O que fazer se o Kaká se lesionar? Hein? Pois o fato é que seu tom de voz monótono, estilo jogral, lembra-me o daquela tia que pega o metrô com o filho no colo e diz “ eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou aqui pedindo”. Um saco.  Ela é tão nordestina que quando fala, me dá sede e meu sapato enche de areia. Puro sertão experience. Zero carisma.

Marina, Marina morena, você se pintou, de verde, mas não convenceu. Marina, você faça tudo, mas faça um favor, e da próxima vez diga algo mais do que um monte de obviedades. Deixe de lado o discurso pobrezinha, estilo “ eu passei fome, eu quase morri, eu fui analfabeta”. Eu também passei por tudo isso. Todos os fiéis corneteiros foram analfabetos um dia, até aprender a ler, devagarzinho, começando com Ivo viu a uva e daí avançando. Marina, não é por ter sido pobre que tu tens a solução para a pobreza do Brasil. O Dunga jogou futebol, e aí está o resultado. De fato, se vejo a lista dos convocados para copa e a lista dos candidatos para a eleição , tenho vontade de chorar.

Nem mesmo quando fala sobre o seu tema favorito, o ambiente, enfim, as questões verdes, ela soa convincente.  Uma pena. Mas não vai ser dessa vez que teremos um efeito Obama. O onda verde da Marina não passou, como diria o campeão dos presidentes, de “uma marolinha”.  Na próxima, me candidato eu. E talvez o Ciro...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dunga reescreve a história.


Boa parte do Brasil, e do mundo, aguardava ansiosamente a lista dos convocados de Dunga para a Copa do Mundo da África, aquela copa profunda, ancestral, Bafana Bafana. Houve muito debate, muita tertúlia e análise sobre quem seriam os escolhidos do anão. Pois como diz o provérbio, a montanha pariu um rato. E o povo esperava um ganso, um pato, ou até mesmo a volta do boto. A mediocridade é tanta, entre Ramires, Elanos, Klebersons, Donis, Josués, Felipes Melos e Grafites, que só mesmo a câmara dos deputados pode fazer frente. Que Jesus, Alá, Buda, Ganesh, enfim, todos os deuses nos ajudem, pois a tarefa, que já não era fácil, torna-se agora hercúlea. 

Mas a corneta não segue a onda, não vai com o debate óbvio e prefere enfatizar algo que passou desapercebido pela imprensa, que estava ainda abobalhada pela lista de ingredientes com os quais o anão vai certamente nos oferecer um bolo abatumado de futebol medíocre e previsível. Claro, o que eu mais desejo é que ele me queime a língua. O fato é que o Dunga ontem reescreveu a história, e ninguém se deu conta. 

Como quem tratava de driblar as perguntas desconcertantes dos jornalistas, a maioria em estado de choque, Dunga, que como jogador tinha a habilidade e a ginga de um turista alemão desfilando na Caprichosos de Pilares na ala dos gringos com fantasia alugada, tratou de fazer manobras avançadas. Movimentos retóricos de efeito. Declarou, entre outras pérolas, que quando foi visitar o Mandela, incógnito, a imprensa deu pau e disse que ele queria recomeçar o apartáimi, ou em inglês, apart-time. Sim, isso mesmo. O apartáimi. E não disse uma vez só não. Ele insistiu. Disse que isso era uma acusação suja. E que admira o Mandela. 

Pois é. Mandela, que tem fama de líder mundial, mas que bem pouca gente sabe que na real teve muita sorte, pois quando saiu da cadeia já ninguém sabia quem ele era e qual tido sido seu papel na luta pelo fim do apartheid, recebeu o Dunga. O anão o admira, pois ele é um “grande líder, que não usou a violência, só a inteligência”. O fato é que em um momento da luta contra o APARTHEID, Mandela chegou a defender o uso da violência, e muita gente morreu nessa empreitada. Aliás, o  Ronaldinho lembra, naquele clássico em que ele deu um lindo chapéu no anão, como o tosco Dunga conseguiu pará-lo na sequência da jogada. Com suma inteligência, baixou-lhe o sarrafo e foi expulso. Lembram? Mandela teria vergonha de ver um branco atacando assim um pobre pretinho. Ainda bem que o “apartáime” já acabou. 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Evo Morales: a culpa é do frango.


A cada dia estou mais convencido. A esquerda obtusa é um filão inesgotável de análise. Material de primeira. Fonte de inspiração para as corneteiras e os corneteiros  do meu Brasil varonil. Vejamos, como exemplo de hoje, o Evo Morales, ex-cocaleiro, líder indígena e cabeça do MAS, Movimiento al Socialismo. Amigo íntimo do Huguinho.

Juan Evo Morales Ayma elegeu-se em 2005 com uma quantidade impressionante de votos. Líder do movimento indígena, prometia acabar com a pobreza e distribuir as riquezas do país aos Quéchua, Aymaras e demais grupos autóctones. Finalmente o país, onde 60% da população fala uma língua indígena, seria governado por um filho de um dos 32 pueblos originários. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente...

O que ocorreu depois foi uma série de medidas polêmicas, como nacionalizações, e de erros gritantes que não significaram, em realidade, uma melhora na qualidade de vida do povo boliviano. Pior ainda, agudizaram-se os conflitos étnicos e o ódio racial. O movimento separatista, liderado por Santa Cruz de la Sierra, cresceu. Nas eleições regionais realizadas no começo do mês, o MAS não foi bem, perdeu em 7 das 10 cidades mais importantes do país, inclusive em La Paz. Lembra daquelas frase típicas de primeira sérieo, tipo Ivo viu a uva? Pois é. Neste caso, Evo viu a urna. E não gostou do que viu. 

Morales, todo um democrata, revoltou-se com os resultados e acusou a eleição de fraudulenta. Engraçado, pois nas cidades onde ele ganhou a eleição foi legítima e representou os desígnios do povo. Onde ele perdeu, foi por fraude. Esse tipo de comportamento é típico de ditadores africanos, e que começa a virar moda na América Latina. Vamos rumo a uma africanização da esquerda obtusa? Só nos resta aguardar.

Mas a última do Evinho é realmente genial. Nessa semana, durante a gloriosa Conferencia Mundial de Pueblos sobre el Cambio Climático y la Madre Tierra, Evinho disse que a homossexualidade é culpa dos frangos. Sim, isso mesmo. Segundo esse grande pensador moderno, os frangos que comemos hoje em dia estão cheios de hormônios femininos, e que os homens, ao comê-los, sofrem alterações em seu comportamento de macho. Ou seja, resumindo, o homossexualismo é um resultado da dieta moderna, promovida pelo capitalismo, que todos sabemos, vem do império do inferno.

Consta que ao inteirar-se dessa revelação impactante, o papa respirou aliviado, enviou uma carta de agradecimento e proibiu que membros do clero comam frango. Assim terminarão os escândalos na igreja católica.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cuba: o original é sempre melhor.


A esquerda obtusa latina adora o Chávez e vê nele e no seu movimento bolivariano a versão moderna do Fidel Castro. Ele representa a continuação dos ideais revolucionários e da luta contra o império do inferno. Como se fosse realmente necessário continuar com essa estupidez. Hugo, assim chama-se a figura, inspira-se nos ideais da revolução cubana e aplica a fórmula com esmero, seguindo a cartilha com devoção. Mas por melhor aluno que seja, por mais que ele se esforce, com sucesso, para afundar um país com tanto potencial, ele ainda está longe de alcançar seus mestres. Ele é uma boa cópia, mas o original é sempre melhor. Huguinho prende empresários, sindicalistas, fecha ou nacionaliza empresas, toma decisões arbitrárias e injustificáveis, mas bater em mulher, isso ele ainda não faz. Bom, só na dele, pois disse ela, a Maribel, que apanhava legal, e por isso o abandonou. Mas em Cuba, camaradas, lá, a cousa é diferente. 

Levanto esta bandeira e toco esta corneta ainda estupefato pelas últimas cenas de violência política promovida pelas fuerzas de seguridad a serviço dos irmãos Castro. O regime não perdoa nem mesmo as famosas Damas de Blanco, grupo de mulheres dissidentes que vestidas de branco marcham silenciosamente pelas ruas de la Habana para exigir liberdade para familiares ou maridos – atenção, pois marido não é família – que são mantidos como presos políticos. No domingo passado, ao sair da igreja, as damas foram atacadas por grupos favoráveis ao governo e por agentes das fuerzas de seguridad. As fotos estão aí, pela net pode-se ver várias. Mulheres sendo jogadas no chão, arrastadas por um dos pés; uma avó de 80 anos sendo escoltada pela polícia; uma manifestante tomando uma gravata e outra, que você vê ai acima, sendo agarrada pelos cabelos. Um horror. Uma vergonha.

Cenas revoltantes como essas dão nojo da esquerda burra, que aplaude a ditadura e fecha os olhos para as violações sistemáticas dos direitos humanos. Tudo se justifica na luta contra o império do inferno. Vale o discurso aquele de que em Cuba existe um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Em Cuba a educação é ótima e quase não existe analfabetismo. Agora, que alguém me possa explicar de que serve todo mundo, ou quase, saber ler se na ilha não se pode ler nada que não seja autorizado pelo governo? De que serve uma população que sabe escrever mas não pode escrever o que sabe?

Ditadura não se justifica. Seja de direita ou de esquerda. Ditadura se corneteia.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As últimas diabruras da esquerda obtusa


Chávez superou-se esta semana. Quando a gente pensa que ele já fez todo o tipo de sandice, ele mostra que não há limites para a esquerda burra. Para comemorar o fracasso do golpe de 2002, e a sua volta ao poder, organizou uma cerimônia na qual 30 mil milicianos com fuzil na mão prometeram dar a vida para impedir que ocorresse outro golpe. O imperador bolivariano, empunhando a espada mítica de Simon - não o Pedro, nosso senador, pois esse não tem espada, tem é uma casa em Rainha do Mar – tomou juramento a mais de 30 mil seguidores, num ato transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, coisa fácil de conseguir já que ele controla tudo. Celebrou-se assim o “Día de la Milicia Bolivariana, del Pueblo en Armas y de la Revolución de Abril”.

 Aliás, diga-se de passagem, as milícias bolivarianas são motivo de muita polêmica. Há alguns anos, o governo revolucionário oferece treinamento ao povão para que possam tomar armas quando a Venezuela for atacada, possivelmente, pelos Estados Unidos, país ao qual o líder supremo da esquerda obtusa latina referiu-se durante o ato, quase circense, como “ império del infierno”. Paranóia total. A Venezuela será atacada, no máximo, na próxima edição da Copa América, e não pelo time do Dunga, pois esse, sabemos, tomou uma chapuletada em Caracas. 

 A militarização das favelas de Caracas é um fato e o corneteiro que escreve estas linhas já viu vídeos e imagens desses treinamentos, obtidos diretamente de fontes venezuelanas. Uma coisa impressionante. Gente de 8 a 80 anos de idade, dando tiros e aprendendo noções básicas de guerrilha urbana. Fenomenal. Ah, mas não há motivo para se preocupar. Não existe, segundo as fontes oficiais, uma corrida armamentista na nossa América Latina. Prova disso é que os 30 mil fuzis distribuídos ao povão, sem carregador, são armas velhas, com 50 a 60 anos de uso e , segundo fontes do El País, só dão bafo.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Hugo Chávez: quando não fazer nada é a melhor solução


Existem poucas figuras mais polêmicas no mundo político atual do que o presidente/ditador venezuelano, o senhor Hugo Chávez Frias.  Alguns dos seus discursos e frases entraram para a história. Sua participação em reuniões internacionais é sempre motivo de badalação e muita tinta corre depois de suas intervenções, muitas delas míticas, como aquela em que dizia sentir cheiro de enxofre, ao utilizar a tribuna dos discursos recentemente ocupada por Bush, ou então, ao dizer que o problema da Condoleeza Rice, a ex-secretaria de Estado gringa, era “falta de homem”. Muito fino, em uma recente reunião mandou o colombiano Uribe “al carajo”. 

O fato é que o líder bolivariano, de extenso legado em matéria de frases e tiradas,mostra-se menos hábil ao conduzir o país, que afunda-se em uma crise após a outra. Na terra do novo socialismo, onde o petróleo jorra da terra como as frases de efeito jorram da boca do Chávez, falta comida, falta água, falta luz. Vocês sabem que a corneta é de esquerda, mas a nossa paciência com a esquerda burra acabou. Faz tempo. 

As medidas do bolivariano não resolveram nada. Não há comida no país e a solução foi nacionalizar alguns supermercados. Nos bairros pobres, existem mercadinhos do governo, onde compra-se, com custo, produtos essenciais. Não há, por semanas, leite, nem frango. A situação se agrava e os protestos são diários. Claro, não são divulgados pelos meios, controlados pelo governo, que passa mais tempo mandando prender donos de empresas do que encontrando soluções para a falta de emprego e comida.

A Venezuela afunda-se numa crise energética. Numa tentativa de incentivar a população a economizar água e luz, o grande líder da esquerda dura latino-america mandou a população tomar banho de, no máximo, 3 minutos. Disse que chuveiro não é lugar para cantar, e que ele mesmo leva 3 minutos na ducha e que “nem fede depois”.

Mas há que reconhecer que o governo está tomando cartas no assunto, e que essa semana foi tomada uma decisão que realmente vai resolver o problema da falta de energia: decretou-se feriado total durante a semana santa. Assim, forçando o povo a ficar em casa e com os comércios e a indústria fechados, o grande visionário da esquerda burra vai de uma vez por todas resolver o problema da falta de energia.

Pergunto-me se para resolver o problema da fome ele vai converter o país ao islamismo e decretar  um Ramadã extraordinário, que dure o ano todo e não só um mês. Nascerá assim o islamismo bolivariano. Para a esquerda burra, não fazer nada, e culpar o império, é a melhor solução.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Finalmente um estudo científico útil: não se pode culpar um homem por ser um homem


A produção científica atual caracteriza-se por uma profusão de estudos totalmente inúteis ou, no melhor dos casos, questionáveis. Basta dar uma olhada, por exemplo, nas teses de mestrado e doutorado que são publicadas e cujos títulos vão do estapafúrdio, como “a influência do plâncton na reprodução de moluscos nas costas do Tuvalu” ao estrambótico, como “A (con)vivência do cliente frente à Disfunção Erétil: uma contribuição da sociopoética para o cuidado de enfermagem no perioperatório”. Não, não é gozação, você pode encontrar esse texto no site  www.dominiopublico.gov.br.  Há muitos outros igualmente interessantes.

Eis que então surge finalmente uma publicação científica de grande valor. Refiro-me ao estudo da doutora Louann Brizendine sobre o cérebro masculino. Nesta obra, intitulada The Male Brain, a doutora conclui que, no fim das contas, não se pode culpar o homem por ser um homem. Ela admite que as mulheres fazem isso  desde o princípio da história, ainda que segundo conste, Adão não tinha outra mulher para observar – mas pode que o Dan Brown, aquele do código, tenha evidência sobre o tema. Entretanto, após estudar o cérebro masculino, ela nos isenta de toda e qualquer culpa e conclui, cientificamente, que as mulheres não tem razão quando reclamam de nós. 

A doutora conclui que a área do cérebro masculino chamada “área espelho”, a que serve para entender como a outra pessoa se sente, é menor. Assim, é normal quando nós não entendemos o que as mulheres querem dizer. Explica-se nossa cara de paisagem quando elas querem discutir a relação. What?

Ela acrescenta que a área do cérebro que corresponde à busca do prazer sexual é quase 3 vezes maior no homem. Conclui que isso torna “impossível ao homem para de pensar  no corpo feminino e em ter relações sexuais’. Finalmente, Brizendine comprova que nós somos incapazes de não olhar para outras mulheres, já que os circuitos visuais do nosso cérebro sempre estão a buscar “ fêmeas férteis”. Assim, companheira leitora, não há razão para dar um beliscão no seu marido/amante/ficante/companheiro/namorado quando ele der aquela olhadinha para o lado. Segundo uma doutora, especialista, isso é “a resposta mais natural do mundo” e o nosso cérebro está programado para isso.  Ela diz que, mesmo que não exista nenhum intenção de parte do indivíduo, ele tem de checar o material, no texto original “check out the goods”.

A Corneta regozija-se com a publicação dessa obra, que deve tornar-se leitura obrigatória na escola, na universidade, inclusive para o pessoal da quota, pois assim evitaremos muitas discussões entre casais, separações, divórcios, brigas, pelejas, arranca-rabos, enfim, muito barraco e baixaria seria evitado. Quem sabe até a louca do “Pedro me dá o meu chip” teria evitado semelhante mico, na verdade um King Kong, se conhecesse a obra da gloriosa doutora Brizendine.

Um estudo científico que diz que não se pode culpar um homem por agir como um homem, realmente isso sim é uma contribuição para a humanidade. Mulheres, a ler, e a desculpar-se, claro. Companheiros: ide e divulgai a boa nova.