Desde o dia em que o Brasil foi escolhido como sede de dois eventos esportivos internacionais de envergadura,especificamente, o festim da FIFA em 2014 e os jogos olímpicos em 2016, o povo , ainda que orgulhoso pela escolha, sabia que ia dar chabu. Abririam-se as comportas da nossa Itaipu corruptora e rios de dinheiro correriam aos bolsos de políticos e seus cupinchas. Claro, entrementes, a nação queimaria o filme. O Brasil não passaria de um anfitrião emergente frustrado.
Hoje, o que vemos é que as obras para o carnaval FIFA estão atrasadas. Alguns estádios ainda nem saíram do papel. As obras para melhorar a estrutura aeroportuária, como o avião da praça ali em Canoas, não saem do lugar. A politicagem asquerosa que caracteriza a nação impõe-se como um obstáculo insuperável e a filosofia do “ primeiro eu, depois os meus” colocam em risco a imagem já bastante deteriorada do gigante emergente. Como diria aquele dirigente do Grêmio num passado longínquo depois de uma virada sofrida contra o Glória em Vacaria, esses são momentos “ divisor de águas”. Um dirigente para esquecer, mas enfim, fica a lembrança do gol salvador do Almir, que de vez em quando declinava um futebol com muita gramaticalidade.
Eis que a nossa presidente, que insiste fazer-se chamar presidenta, gramaticídio sistemático e delirante, deseja evitar que as obras da Copa e das olimpíadas estejam sujeitas ao escrutínio popular. O governo da Dilma deseja bloquear o acesso a informações cruciais como o custo das obras, quem pagou quanto a que empresa, entre outras coisas. Ora, a transparência deve estar assegurada, enfatizada e incentivada como prática e política inalterável sempre que se trata de dinheiro público. A Dilma acha que não, que não tem nada a ver, e manda sua nova soldada, a Salvatti, nome profético, dizer que não se justifica e que , a Corneta cita, “ se eu quero comprar uma casa, ninguém precisa saber quanto eu estou disposta a pagar”. Imaginem, até o Sarney queria que não houvesse sigilo! Mas a Dilma não, ela não quer saber de abertura. Pode que depois se descubra que a firma do Palocci foi contratada para, hum, digamos, uma consultoria.
O governo titubeante da sobrinha do Lula não entendeu ainda que o que queremos e precisamos são mudanças, avanços na administração e na cultura política nacional. Queremos ver uma nova forma de fazer política e de administrar a cousa pública. O que a Dilma nos oferece, por exemplo, nomeando tipos de currículo duvidoso, são crônicas de corrupções anunciadas.
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